Na balança, menores ou velhice?
 
A estas alturas ninguém nos pode ocultar que detrás da migraçom existem máfias e governos que a utilizam para premer, chantagear ou quitar estabilidade a zonas geo-estratégicas, tombar governos ou negociar com vantagem. O caso da fronteira mexicana é paradigmático. Ninguém, salvo que queira caminhar de olhos vendados, pode deixar de ver no êxodo migrante, unha historia de conquista e saqueio dos países de origem, por parte dos países recetores. Assumindo isto com toda a carga de profundidade que implica, da necessidade mesma de cambiar o sistema mundo, no aqui e agora cumpre pôr unha olhada urgente sobre as vítimas, e sobre essa moeda de cambio e chantagem que som os menores migrantes.
 
Nestes case dous anos de pandemia, como sucedeu ao longo da historia em momentos de crise, e esta é unha crise mundial, assistimos a um confronto sobre o modelo de sociedade. O debate público/privado, os direitos coletivos e individuais, a liberdade, e mesmo o valor da vida humana, envolvem este debate. Unha confrontaçom de ideias que nom está facilitada pola informaçom-lixo, ou as mentiras que se divulgam num fogo cruzado, onde saem exabruptos como a campanha onde se contrapom o gasto que supom o acolhimento dum menor migrante e o gasto dumha mulher de idade. Unha imagem tramposa que pretende que elejamos entre a vida e o bem-estar dum familiar e a vida dum menor. Sem dar-nos a oportunidade de sermos unha sociedade, com suficientes recursos para valorar a vida de todas e todos, para sermos unha sociedade de acolhimento e coidados.
 
Esta semana assistimos com horror na cidade de A Coruña à detençom dum grupo de pessoas acusadas da compra-venda dumha nena de 12 anos. As novas sobre violência contra menores, ou as cifras do aumento dum 30% de casos de menores tutelados pola Xunta durante a pandemia, estam indicando o rueiro por onde unha parte da sociedade, quere que transite o futuro de menores vindos ao mundo nunha situaçom de vulnerabilidade. Volvemos a partir, unha e outra vez, num grande Titanic onde nom hai suficientes barcos salva-vidas, na vez de construir barcos onde a velhice segura e a infância com direitos esteja garantida.
 
Lupe Ces Riobóo, Vicecoordinadora de AGAMME.
Na balança, menores ou velhice? Por Lupe Ces.

Deixa unha resposta

O teu enderezo electrónico non se publicará Os campos obrigatorios están marcados con *

*